Acer pseudoplatanus L.

Espécie

Acer pseudoplatanus

Descritor

L.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Rosidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Mesofanerófito

Distribuição Geral

C e S Europa; subespontâneo em Portugal

Nome(s) comum

Bordo
Falso-plátano
Padreiro
Plátano-bastardo
Zêlha

Habitat/Ecologia
Sinonimias

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Perfil farmacológico
    PT - Adstringente e anti-inflamatório para dele e olhos (seiva doce da casca).
    Lust. J. The Herb Book.
    PT - Larvicida para o mosquito Culex quinquefasciatus após 24h de exposição.
    Pavela R. Larvicidal effects of various Euro-Asiatic plants against Culex quinquefasciatus Say larvae (Diptera: Culicidae). Parasitol Res. 2008 Feb;102(3):555-9. Epub 2007 Dec 6.

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

Inventário Florestal UTAD

Espécie de interesse florestal

Informação cedida por

Distribuição geral: Esta espécie é originária da Europa e Ásia Ocidental, é espontânea em boa fração da Europa ocidental, com prática exceção nas ilhas Britânicas aonde não é mais que subespontânea.

Caracterização geral: Em Portugal vegeta entre os 600 e os 1500 m de altitude. Alcança na Galiza altitudes de 1300 m. Poderá ainda ser encontrado noutras regiões da Europa em áreas de montanha até aos 1800 m. Nestas regiões, surge associado à faia ou a resinosas tais como o abeto, ou pícea e com mais frequência, sobre os entulhos, em encostas sombreadas, com o Ulmus glabra Hudson e a Tilia platyphyllos Scop. Vegeta igualmente a menores altitudes, nas matas de faia situadas em solos de melhor aptidão, nas exposições Norte e sobre entulhos, com as espécies anteriormente citadas, com o Acer platanoides L. e nos povoamentos mistos de carvalhos e freixos de pequenos vales férteis e húmidos (com solo não inundável contudo). É uma espécie de climas frescos, exigente em precipitações e humidade ambiental. Não suporta atmosferas muito secas. É muito resistente ao frio e às geadas. É uma espécie heliófila mas a instalação via seminal tolera sem prejuízos a sombra do sub-bosque durante vários anos. Tem preferência por solos profundos, frescos, exigindo bastante fertilidade, humidade e permeabilidade edáficas. Entretanto, é tão sensível à secura como ao excesso de humidade no solo. Tolera os solos pedregosos. É indiferente à natureza geológica do substrato, resistindo à presença de rochas de carbonato de cálcio ativo no subsolo. Não tolera os solos de pH muito ácido, abaixo de 4,5 ou solos hidromórficos, mas suporta bem solos eutróficos. A regeneração por semente é muito boa em sob coberto. Inicia a frutificação aos 25-30 anos e fá-lo anualmente em abundância. O rebentamento por cepa é medíocre, com escassa vitalidade. A copa possui uma base formada por ramos maciços, sendo ampla, muito densa, regular e ovalada quando cresce de forma isolada. Apresenta raízes bastante superficiais. O crescimento é rápido até cerca dos 4 anos, decrescendo na idade adulta. A longevidade é de 150-200 anos.

Propriedades e utilizações: A madeira do Bordo é branca, amarelada ou avermelhada, sem alburno distinto, bastante densa (0,5 a 0,7), lustrosa, fácil de trabalhar, ligeira, homogénea e muito resistente às trocas de humidade. É bastante dura e de boa resistência mecânica. Pode considerar-se como de alta qualidade. É uma madeira muito procurada para marcenaria e tornearia, instrumentos de corda e fabrico de objetos diversos. Os troncos cujos diâmetros sejam superiores a 40-50 cm, são aproveitados para folheado. É um bom combustível. É uma espécie com grande interesse como ornamental, dada a sua coloração outonal. Tem igualmente muito interesse na proteção contra incêndios dado que o seu coberto sombrio elimina a vegetação combustível. Resulta muito adequada para a constituição de corta-ventos, nos quais deve usar se preferencialmente consociada com coníferas. Resiste muito bem aos ventos fortes, nomeadamente em costas atlânticas (dado tratar-se de uma espécie natural nos bosques atlânticos).

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Ficha técnica da espécie
Acer pseudoplatanus

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