Asplenium obovatum F.W.Schultz

subesp. billotii

Espécie

Asplenium obovatum

Sub-Espécie

billotii (F.W. Schultz) O.Bolos, Vigo, Masalles & J.M.Ninot

Descritor

F.W.Schultz

Género
Família
Ordem
Sub-classe

-

Classe

Polypodiopsida (Filicopsida)

Sub-divisão

-

Divisão

Monilophyta (Pteridophyta)

Tipo Fisionómico

Hemicriptófito

Distribuição Geral

Europa atlântica; W Região Mediterrânica e Macaronésia (excepto Cabo Verde)

Nome(s) comum

Fentilho
Fetilhos

Sinonimias

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Perfil farmacológico
    TX - Efeitos psicoativos neurotóxicos (inalação e ingestão).
    Wyman, Leland C. and Stuart K. Harris The Ethnobotany of the Kayenta Navaho. Albuquerque. The University of New Mexico Press. 1951. P: 14.

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

A nossa visão dos processos evolutivos é certamente frágil e caricata. Persistimos na ideia determinística do aperfeiçoamento do indivíduo ao longo de uma escala temporal, e para justificar o injustificável definimos esquemas filogenéticos em que partimos de formas “primitivas” para chegarmos, após um determinado período de tempo, a formas recentes mais “desenvolvidas”. Em poucas palavras, a nossa ignorância é tanta que não somos capazes de explicar esta formidável diversidade que nos envolve sem termos de recorrer a pautas precisas de comportamento temporal. O princípio do problema está sempre na incompreensível mania do tempo. Numa escala como essa, obviamente, o que aparece antes é sempre mais antigo do que vai surgindo mais tarde. Mas isso quer dizer que o primeiro é mais primitivo do que acabaria por vir depois? Podíamos enumerar muitíssimos exemplos para demostrar que isto é uma verdade indiscutível, mas até que ponto é realmente indiscutível?

A foto de hoje é um exemplo desta dúvida. Nesta ocasião vemos uma “fronde” de Asplenium billoti F. W. Schultz, um Fetilho muito frequente nas paredes e taludes sombrios e frescos de Portugal (como de toda a Eurásia ocidental mais húmida e do Noroeste africano, bem como do Ocidente Macaronésico -entre as Canárias e os Açores-). Este género surge no Jurássico, de acordo com registos fósseis que confirmam a existência deste grupo de Filicatas "eusporangiadas" (fetos com esporângios que abrem através de um anel de células dorsal). Este tipo de reprodução foi tradicionalmente considerado como muito primitivo entre as plantas vasculares, atendendo ao facto de ter que recorrer a esporos para esta finalidade. Contudo, e embora possa parecer incompreensível, estes fetos filicatados foram evoluindo paralelamente às restantes plantas vasculares. Para termos uma ideia mais precisa, as pré-Rosídeas e Rosídeas são contemporâneas destas Filicatas, sendo que umas e outras continuam a formar parte da nossa flora atual. Parece ridículo não é? Se calhar mais ridículos somos nós enquanto continuemos a garantir que a evolução é um processo determinístico-temporal.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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