Cymbalaria muralis G. Gaertn.

subesp. muralis

Espécie

Cymbalaria muralis

Sub-Espécie

muralis

Descritor

G. Gaertn.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Lamiidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Caméfito

Distribuição Geral

S Alpes e NW Região Mediterrânica

Nome(s) comum

Habitat/Ecologia
Sinonimias

Antirrhinum cymbalaria L.
Linaria cymbalaria (L.) Mill.

No JBUTAD

Não

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Já falámos da continuidade, e da sua relevância para diferenciar os universos espaço-temporais dos universos sem espaço nem tempo. De facto, e tal e como comentávamos, a descontinuidade era o parâmetro que ajudava a caracterizar melhor este segundo tipo de universos, opostos àqueles em que nos encontramos. Mas a dúvida prevalece e ainda é preciso discutirmos muito em relação a este assunto, pois à nossa volta observamos mais aparentes descontinuidades do que continuidades. Um simples passeio por uma rua qualquer pode ser muito útil para descrever esta última afirmação. Ao longo dessa via urbana podemos ver prédios, viaturas, pessoas e toda uma infinidade de objetos e seres vivos diferentes uns dos outros. Acaso isso não é descontinuidade? Visto desse modo é, mas desde uma perspetiva funcional nunca pode ser.

Reparemos num pequeno pormenor aparentemente ridículo. Imaginemos que de repente algum desses prédios da rua, pela qual estamos a passar, é destruído. A fisionomia dessa avenida já não será igual, os vizinhos que lá viviam já não residirão mais nessas vivendas, a sombra que aqueles edifícios davam já não existirá, em definitiva, o sistema mudou. As alterações podem parecer insignificantes, mas a verdade é que houve alguma mudança e essa mudança acabará por afetar a toda a rua. A partir daqui virá a mania das grandezas: bom... aqueles prédios eram insignificantes, no fundo pouco mudou; a rua é tão grande que por umas poucas moradias que desapareçam ninguém dá por isso; até foi bom que os derrubassem, eram tão feios e degradados… O esquecimento fará o resto e, depois de algum tempo, já ninguém se lembrará que lá houve qualquer coisa. Mas realmente houve, e mudou a paisagem da rua, contribuindo a sua transformação temporal. Excluindo essa mania que os seres vivos possuímos de quantificar e tipificar tudo o que acontece a nossa volta (os mamíferos somos uns verdadeiros génios nesta ginástica mental…), o certo é que uma alteração tão aparentemente insignificante como esta acabará por ser um contributo decisivo para a transformação do sistema. Isto é, a continuidade no seu melhor!!

A foto de hoje mostra um verdadeiro intrincado de ruas e prédios. Trata-se de uma Cymbalaria muralis G. Gaertn. subsp. muralis (família Plantaginaceae), essas Herinhas ou Violetas-das-paredes, surgem com alguma frequência nos muros do nosso país, embora sejam de origem alpina mas a sua plantação em jardins fez com que se espalhassem de modo comum ao longo de quase toda a bacia Mediterrânica. Nesse emaranhado de caules, folhas e flores, que diferença faz mais ou menos algum desses caules, folhas ou flores? Nenhum? Acham?... Ahhh... a mania das grandezas...!!!


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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