Fraxinus excelsior L.

Espécie

Fraxinus excelsior

Descritor

L.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Lamiidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Megafanerófito

Distribuição Geral

Grande parte Europa (de Espanha para W, excepto Escandinávia) até Cáucaso e Irão

Nome(s) comum

Freixo-europeu

Habitat/Ecologia

Sinonimias

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

Inventário Florestal UTAD

Espécie de interesse florestal

Informação cedida por

Distribuição geral: É uma espécie que se encontra em grande parte da Europa, exceto no extremo Sul, extremo Este e no extremo Norte. Na região mediterrânica é pouco frequente e considera-se substituída pelo Fraxinus angustifolia com regularidade.

Caracterização geral: Pode encontrar-se em regiões de planície ou em montanha (a menos de 1400 m em França). Requer climas atlânticos de Verão húmido. Necessita de suporte hídrico abundante e continuado no tempo. Não é particularmente sensível ao frio mas sim às geadas tardias. É considerada uma espécie de meia-luz, a qual suporta uma certa cobertura nos primeiros anos e logo após, de uma rápida libertação de forma a poder crescer com vigor. Pode adaptar-se a condições edáficas muito variáveis. A estação ideal corresponde a solos profundos de planície; os quais deverão possuir um bom fundo de fertilidade, boa providência em água (sem encharcamento estacional ou com presença constante de um lençol de água à superfície), não serem excessivamente drenados e serem pouco ou nada calcários, com pH próximo da neutralidade. Em geral, esta essência encontra-se nas partes mais fundas dos vales ou em zonas baixas de encostas voltadas a Norte, podendo muito embora, ocupar encostas tendencialmente expostas a Sul se existirem reservas suficientes de humidade no solo. É uma espécie que se reproduz com abundância por semente. Frutifica anualmente a partir dos 25 anos. Rebenta vigorosamente por cepa, mas não de raiz. Pode alcançar até 30-35 m de altura. Possui uma copa ovalada e pouco densa. O fuste é reto e cilíndrico. O sistema radicular é profundo e bem desenvolvido. O crescimento é considerado médio a rápido. É uma espécie que poderá alcançar 150 a 200 anos de idade. É habitual surgir em consociação com outras espécies ou mais ou menos isolado ao longo dos cursos de água. Poderá ser encontrado, nomeadamente, com o Quercus robur L., o olmo, o Cornus sanguinea L., o Corylus avellana L. e mais raramente com o Alnus glutinosa L. É uma espécie muito sensível à competição intraespecífica, devido ao seu relativo rápido crescimento e às exigências em luz, devendo intervir se com limpezas desde muito cedo de modo a eliminarem-se indivíduos mal conformados, mortos ou doentes. A idade de explorabilidade fixa-se em redor dos 60 anos, altura em que deverão alcançar-se diâmetros de uns 55 cm para uma densidade final de 12 x 12 m (@70 pés/ha). Não convirá prolongar muito mais o corte final, porque os freixos têm tendência a ser afetados pela podridão.

Propriedades e utilizações: A madeira é de alta qualidade e de aspeto similar à de castanheiro, mas mais clara e brilhante. O borne é de tonalidade creme e o cerne mais rosado no que trata a exemplares maduros. Recém cortada adquire um tom rosa ofuscado. O desenho da madeira é regularmente ondulado. É de grão médio e fibra reta. É medianamente dura, de peso variável e apresenta bom comportamento mecânico. Admite o curvado, seca com facilidade e é relativamente estável. No entanto, perante exposições à intempérie manifesta fraca resistibilidade além de perder a cor com o tempo. Resiste aos fungos, mas não aos insetos. É fácil de serrar e trabalhar à máquina. Admite bem os tratamentos superficiais. É uma madeira que se utiliza geralmente em situações onde tenha que suportar golpes e sacudimentos como é o caso de artigos desportivos, cabos de ferramentas, escadarias e embarcações. Tem grande aplicação nomeadamente em pavimentação, móveis e tornearia. É apreciada como combustível. A espécie apresenta interesse na recuperação de estações florestais degradadas.

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Ficha técnica da espécie
Fraxinus excelsior

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(mesmo género)

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