Grevillea lanigera A.M.Cunn. ex R. Br.

Espécie

Grevillea lanigera

Descritor

A.M.Cunn. ex R. Br.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Ranunculidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Microfanerófito

Distribuição Geral

SE Austrália (SE New South Wales e E Victoria)

Nome(s) comum

Grevílea

Habitat/Ecologia
Sinonimias

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

A formação das Rosídeas é, sem qualquer dúvida, muito mais interessante do que poderíamos imaginar. Não é preciso fazer muitos esforços para compreender esta afirmação. Ao longo das últimas fotografias tivemos a oportunidade de observar exemplos dessa magnífica imaginação, que desde as Ranuncúlidas até às Saxifragáceas mostraram uma variedade de comportamentos certamente dispares. Plantas herbáceas, arbustivas, com folhas simples ou compostas, de vistosas flores, ou bem de densos cachos ou corimbos de pequenas flores. O mais impressionante disto tudo foi que só vimos quatro espécies pré-Rosídeas e ainda falta o melhor por ver!! Como pode ser isto possível?

A ciência é uma constante dúvida, que obriga a discutir e rever tudo o que tinha sido revisto anteriormente. A sistemática é um exemplo desta desconcertante e nebulosa dúvida instalada entre os investigadores. e o exemplo das pré-Rosídeas é um reflexo fiel desta situação. Diversos autores analisaram esse grupo de precursores das Rosídeas, e em cada caso houve claras e certeiras diferenças. De facto, ao longo de muito tempo os sistematas estavam convencidos que a formação das Rosídeas teria tido tanta repercussão entre as angiospérmicas dicotiledóneas como qualquer outro grupo sistemático. Ilustres botânicos sistematas, tais como Cronquist, Dahlegren, Reveal, Takhtahan ou Thorne foram agrupando nas Rosídeas aquelas plantas com sépalas e pétalas livres, com simetria preferencialmente radiada, a exceção de algum grupo pontual (Leguminosas, por exemplo). Mas dúvidas angustiantes começaram a desluzir tão brilhantes conclusões. Entre essas dúvidas está a planta que hoje mostramos. Trata-se de uma Proteácea (família Proteaceae), uma Grevílea (Grevillea lanigera A. M. Cunn. ex R. Br.) que ao longo de muito tempo foi considerada muito próximo das restantes Rosídeas, embora sempre separado destas. A razão estava na intrigante confusão associada as suas flores. De facto estames perante flores não diferenciadas em cálice e corola (de modo muito semelhante às Ranuncúlidas) mas em que as peças desse invólucro surgem unidas formando tubos, como acontece neste género. Como é possível conjugar estas duas características? As Rosídeas não sabiam formar tubos nas envolturas florais, como é que as Proteáceas já sabiam fazer isto? O mais inquietante é que esta experiência para formar tubos florais já tinha sido explorada pouco antes, pelas não menos enigmáticas Aristoloquiáceas (família Aristolochiaceae). Vai ser preciso aprofundar mais neste oceano confuso, pois nunca podemos esquecer que por trás do nevoeiro encontramos a beleza e grandiosidade da claridade.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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Ficha técnica da espécie
Grevillea lanigera

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