Heliotropium europaeum L.

Espécie

Heliotropium europaeum

Descritor

L.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Lamiidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Terófito

Distribuição Geral

C, S e W Europa, Região Mediterrânica, N África e SW Ásia

Nome(s) comum

Erva-das-verrugas
Tornassol
Tornassol-com-pêlos
Verrucária
Verrucária-peluda

Habitat/Ecologia
Sinonimias

No JBUTAD

Não

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Olhando para a delicada curvatura do Tornassol ou Erva-das-verrugas (Heliotropium europaeum L., família Boraginaceae) vem a nossa mente o eco do vitalismo. Essa força vital que, independentemente dos alentos físicos e químicos, eleva um ser ao patamar da vida. Como explicaram anatomistas da talha de Bichat ou Cuvier, só assim seria possível que um organismo pudesse sentir realmente a essência da vida. A mesma força motora, que empurra o Tornassol a adquirir tão subtil e elegante forma na sua inflorescência, marcará também a própria finalidade do indivíduo: só essa morfologia permitirá que consiga polinizar as suas flores e desenvolver frutos, fazendo com que a descendência seja garantida. É a corrente finalista, que mais apurada do que o já ultrapassado vitalismo, explicaria a razão de tal maestria. A mesma que, através do progresso da bioquímica, desembocaria no físico-quimismo para explicar o princípio e a razão da vida. Essa ansia pelo fim último, que marca o nosso destino, e que finalmente levará ao descobrimento do DNA e da visão molecularizada da vida e da razão de estar vivo.

Mas, à margem desta procura incansável por vislumbrar o princípio das coisas e do universo que nos rodeia, prevalece o encanto da diversidade das formas. Ver e sentir o esforço de cada indivíduo, de cada companheiro de percurso que deleita a nossa viagem contemplativa. Tocar e ser tocado pelo tato variável da vida que vivemos, e que só esse estúpido e reducionista antropomorfismo cega. Tentar que o universo responda às mesmas necessidades e razões que descrevem a forma como vemos a vida, como se o comportamento de todos os seres vivos respondesse aos mesmos fins e justificações que os humanos. Patética visão essa que limita tanto a infindável aventura da vida.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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Ficha técnica da espécie
Heliotropium europaeum

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