Lavandula viridis L’ Hér.

Espécie

Lavandula viridis

Descritor

L’ Hér.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Lamiidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Caméfito

Distribuição Geral

SW Espanha e S Portugal

Nome(s) comum

Rosmaninho-verde

Habitat/Ecologia
Sinonimias

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Galeria de imagens

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

O fim de qualquer coisa nunca deve ser encarado como o fim de tudo. Sempre que empreendemos um caminho e, passado algum tempo, chegamos ao fim não encaramos isso como um fim mas sim como uma sequência a algo que virá depois. Resulta sempre interessante refletir em relação a esta situação, pois é determinante para aquilo que venha a acontecer a seguir. A este fenómeno podemos designá-lo de muitas formas, mas em ecologia é descrito através da “continuidade”.

Como o seu nome indica, a continuidade determina a transição entre processos. Tal circunstância é contrária à “descontinuidade” e, de facto, para que exista uma deve existir a outra. É aqui onde reside um dos maiores mistérios do universo, no dilema do contínuo frente ao descontínuo. Ou dito doutra forma, a transformação para impedir o colapso. Transformar garante que o sistema segue o seu funcionamento, pois no caso de não haver qualquer transformação esse sistema acabaria por entrar num colapso irreversível. Deste modo tentamos explicar os comportamentos evolutivos dos indivíduos, a transformação da paisagem, a dinâmica dos continentes e dos oceanos, os movimentos dos astros e dos corpos celeste, em resumo, o funcionamento do universo. Mas, onde está a descontinuidade? No fim, ou, para sermos mais precisos, num universo paralelo ao nosso em que a falta de espaço e tempo não permite que existam fenómenos de continuidade.

A foto de hoje mostra uma inflorescência de Lavandula viridis L´Hér (família Lamiaceae). Este Rosmaninho-verde habita nos matagais do SW da Península Ibérica e na Macaronésia portuguesa (Madeira e Açores). Chama a atenção pelas últimas brácteas branco-esverdeadas, que formam um penacho característico no fim das suas inflorescências compactas, e que têm um papel determinante como sistema de localização das flores, na altura da polinização. No momento em que foi feita esta fotografia este indivíduo tinha chegado ao fim do processo de fecundação. As suas flores já estavam secas e, portanto, tinham iniciado a formação dos frutos. Era o fim de um estado? Sim, mas também o princípio doutro.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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Ficha técnica da espécie
Lavandula viridis

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