Platanus hispanica Mill. ex Münchh.

Espécie

Platanus hispanica

Descritor

Mill. ex Münchh.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Ranunculidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Mesofanerófito

Distribuição Geral

Híbrido originário de jardins; eventualmente subespontâneo localmente

Nome(s) comum

Plátano
Plátano-híbrido

Habitat/Ecologia
Sinonimias

Platanus acerifolia (Aiton) Willd.
Platanus hybrida Brot.
Platanus orientalis L. var acerifolia Aiton

No JBUTAD

Sim

Colecção temática

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

Inventário Florestal UTAD

Espécie de interesse florestal

Informação cedida por

Distribuição geral: O plátano foi muito propagado por gregos e romanos devido à sombra que proporciona. A denominação “hybrida” indica a sua origem híbrida, procedente do cruzamento do Platanus occidentalis e o Platanus orientalis. Estas espécies estendem-se pela Europa, da Ibéria à Grécia e até à Pérsia, alcançando ao Norte as colónias Britânicas, cruzando pelo caminho o centro do continente.

Caracterização geral: É uma essência que aprecia a luz e requer solos ligeiros, férteis, profundos (dá-se mal em solos superficiais) e com certa humidade (requer capas freáticas não muito afastadas para possibilitar o alcance pelas raízes, as quais, muito embora, deverão estar distantes de águas estagnadas ou frequentemente inundadas). É resistente ao ataque de insetos e suporta bem as atmosferas contaminadas das cidades. Em plantações florestais, em Espanha, encontra-se desde as planícies próximas do mar até à média montanha, chegando como ornamental aos 1500 m de altitude. Embora frutifique abundantemente, as sementes não são com frequência, férteis. Rebenta bem de toiça, não o fazendo, no entanto, de raiz. Os rebentos são vigorosos, geralmente quadrangulares. É uma árvore de vigoroso porte, a qual chega a alcançar mais de 30 m de altura. A copa é oval na idade juvenil, tendendo a arredondar com o tempo. O tronco é de cor acinzentada, recto e grosso, distinguindo-se pela sua casca, que se desprende em grandes placas, de forma irregular. O sistema radicular é potente e necessita de solos profundos para se desenvolver de forma conveniente. Há citações atuais de árvores que registam idades de até 400 anos, com um perímetro de 11 m. Habitualmente a propagação realiza-se através de enraizamento de estaca, instala-se em povoamento puro. As rotações mais comuns não pretendem alcançar os diâmetros maiores, fixando-se em uns 20 anos para árvores de rebentamento de toiça e 25 para plantações. As novas plantações fazem-se a partir de plântulas. Estas são mais difíceis de obter que as do choupo, podendo as baixas oscilar entre 10% e 70%. Normalmente sobrevivem cerca de 60% das plantas. No processo para a sua obtenção, recorre-se habitualmente ao enraizamento por estaca em viveiro. O compasso de plantação em viveiro pode variar entre 2 x 0,1 e 2 x 0,5 m. A largura de 2 m é para facilitar a lavoura com a máquina.

Propriedades e utilizações: A madeira de plátano é de cerne cinzento claro, dura, fibrosa, semelhante à da faia. Tem aptidões para marcenaria (ao admitir um polimento fino), decoração, carriagem, para o fabrico de travessas de via-férrea, remos, entre outras utilizações. Fornece um bom combustível e é utilizada como lenha em certas zonas. A utilização como espécie ornamental está generalizada (tolera bem a contaminação atmosférica das cidades). Para exploração silvícola tem-se empregue como espécie de crescimento rápido em plantações regulares em ribeiras e zonas húmidas de Girona e Barcelona e recentemente tem-se instalado em França. Também se pode encontrar o plátano pseudo-espontaneamente ou por repovoamento, com a dupla função de servir de corta-fogos natural pela sua baixa inflamabilidade e de ajudar a dominar o mato que nestas zonas húmidas surge frequentemente com grande vigor.

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Ficha técnica da espécie
Platanus hispanica

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