Rubia peregrina L.

subesp. peregrina

Espécie

Rubia peregrina

Sub-Espécie

peregrina

Descritor

L.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Asteridae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Caméfito

Distribuição Geral

W Europa e Região Mediterrânica

Nome(s) comum

Granza-brava
Pegamaço
Pegamasso
Raspa-língua
Raspa-saias
Ruiva-brava

Habitat/Ecologia
Sinonimias

Rubia peregrina L. for. pubescens P. Cout.
Rubia sylvestris Brot.

No JBUTAD

Não

Galeria de imagens

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Imaginemos uma tarefa que façamos todos os dias, tal como acordar e sair da cama, por exemplo. Teoricamente uma operação tão simples como esta não encerraria muito espaço para a imaginação. Nada mais longe da realidade. Até a mais simples e repetitiva operação que possamos imaginar nunca será feita do mesmo modo. Querem experimentar? Podemos tentar que todas as condições ambientais sejam as mesmas, mas nem assim… Pelo menos não seja pelo facto de que cada dia somos um dia mais velhos…

Pois bem, este fenómeno tão rematadamente ridículo é, nem mais nem menos, do que o princípio da existência do universo. Para compreender isto façamos um paralelismo, a modo de exemplo. Imaginemos uma música. Simples, não é? Para começar criemos uma sintonia monocorde e constante. O passo a seguir será introduzir variações nessa sintonia. Este passo será fundamental, pois não só criará um refrão característico, como também servirá para ir desenvolvendo o resto da música. Já criada a nossa música demos uma vista de olhos ao mercado musical. Já viram a quantidade enorme de músicas que existem? Imaginam a quantidade de novas músicas que ainda virão a ser compostas? Os físicos quânticos já deram nome a este fenómeno, lhe chamam “caos”.

Hoje temos um exemplo desse caos,… mais um dos infinitos exemplos que podiam ser dados. A Rubiácea (família Rubiaceae) que aqui vemos é o famoso Pegamaço ou Raspa-saias (Rubia peregrina L.). Esta original planta possui uns pequenos pelos rígidos e curvados, que agarram tudo o que tocam e fazem com que a planta fique literalmente aderida a esse substrato. Com uma amplitude ecológica relativamente reservada, pois não aprecia certamente a exposição solar direta, podemos encontrá-la nos habitats mais variados. Desde bosques até culturas agrícolas ou fendas de rochas, a Raspa-saias deixa morrer a quase totalidade dos caules que cria cada ano, embora deixa a sua parte basal previamente lenhificada. Noutras palavras, esta planta faz todos os anos uma nova tentativa de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Cada ano supõe uma nova aposta. Novos caules, novas ramificações, novas inflorescências, novos frutos,… tudo velho mas sempre de novo.

Obviamente não é o único caso. Todos os seres vivos fazemos o mesmo. Cada ano, cada dia, cada hora, cada momento é sempre um desafio de imaginação e inovações. A vontade da vida!


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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(mesmo género)

Utilização das Imagens

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