Rubus sampaioanus Sudre ex Samp.

Espécie

Rubus sampaioanus

Descritor

Sudre ex Samp.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Rosidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Microfanerófito

Distribuição Geral

Península Ibérica

Nome(s) comum

Silva

Habitat/Ecologia
Sinonimias

Rubus divaricatus sensu Franco
Rubus leucandrus sensu Samp.
Rubus nitidus Weihe et Nees subsp. integribasis sensu P. Cout.
Rubus nitidus Weihe et Nees var. divaricatus sensu P. Cout.
Rubus nitidus Weihe et Nees var. lusitanicus Samp.
Rubus rhombifolius Weihe ex Boenn. subsp. sampaioanus Sudre
Rubus rhombifolium Weihe ex Boenn. subsp. sampaioanus (Sudre ex Samp.) Sudre
Rubus rhombifolius Boenn. subsp. sampaioanus (Sudre) Sudre

No JBUTAD

Não

Galeria de imagens

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Para criarmos um bom filme de terror é preciso reunir um conjunto de condições ambientais, que nos provoquem um cenário apropriado de medo e suspense. Uma sociedade que vai emergindo de uma guerra que dizimou famílias inteiras é, sem qualquer dúvida, um bom começo. Neste ímpeto por criar uma nova sociedade, de convicções firmes e seguras que não lhe permitam voltar a cair nos erros do passado, podem surgir ideias contrapostas de como deve ser a nova sociedade. De facto foram duas as opções que emergem nesse momento, uma com uma estratégia clara e muito bem definida, blindada perante possíveis mudanças ambientais, sólida e disciplinada; outra oposta, sustentada no livre-pensamento e na imaginação, na criatividade e na iniciativa de cada indivíduo. Depois de uma tragédia como a vivida no período Pérmico-Triássico (350-200 milhões de anos), a opção mais segura acaba por ser a primeira, pois num campo de operações em que é preciso reconstruir tudo de novo a segunda opção é sempre muito arriscada. Os que optaram por se revelar contra essa rudeza da planificação eclética e acouraçada foram relegados a um último plano, afastados para aquelas profissões mais humildes e que a planificação em curso considerava não relevante. Dessa época formam parte grupos tão sacrificados e, ao mesmo tempo impetuosos nas suas formas, como as maravilhosas Ranuncúlidas (subclasse Ranunculidae), entre outros já muito menos criativos como as Magnólidas (Subclasse Magnolidae), de entre os que optaram pela via recusada. Destes dois principais representantes da classe de renegados, as Ranuncúlidas seriam as que tivessem a suficiente valentia para vir a criar os futuros secessionistas, as Rosídeas.

Mas esta guerra iniciada pelas Rosídeas há de ser uma luta baseada no terror, na confrontação escondida, silenciosa, imprevisível e nunca frontal. O poder dos vencedores assim o determina. E hoje temos a oportunidade de conhecermos a um dos dirigentes mais procurados naquela época. Um verdadeiro mestre do terror das Rosáceas (família Rosaceae). Nem mais nem menos do que a Silva. Com um crescimento diário que chega em alguns casos a ultrapassar largamente o centímetro por dia, armada do conjunto mais mortífero de garras (os temidos acúleos, curvos e retos), uma plasticidade que lhes permite adquirir a combinação mortífera mais apropriada para o cenário em que se encontrem (na foto vemos um desses raros endemismos, nesta ocasião das nossas montanhas do Norte, o Rubus sampaioanus Sudre ex Samp.) e com as suas flores radiadas preparadas para a polinização pelos mais variados insetos. Está feita, sem qualquer dúvida, uma das piores máquinas de tortura e morte.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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Ficha técnica da espécie
Rubus sampaioanus

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