Sideritis hirsuta L.

subesp. hirsuta

Espécie

Sideritis hirsuta

Sub-Espécie

hirsuta

Descritor

L.

Género
Família
Ordem
Sub-classe

Lamiidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Caméfito

Distribuição Geral

Península Ibérica, S França e NW África

Nome(s) comum

Sinonimias

No JBUTAD

Não

Galeria de imagens

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Todos os macroprocessos evolutivos precisam de combinar um torrente de microprocessos das mais variadas escalas e proporções. O resultado é essa desmesurada imaginação que regala os nossos olhos e decora as nossas vidas. As Lamídeas (Subclasse Lamidae) são um exemplo muito interessante para explicar estes fenómenos. Neste conjunto de plantas é possível observar uma curiosa combinação entre folhas e flores, que desemboca num dos conjuntos mais diversos e vario pintos das expressões morfológicas vasculares. A planta não só opta finalmente por unir as suas pétalas, como também tem uma tendência acentuada a abandonar simetrias radiadas, optando frequentemente por simetrias bilaterais. Tal estratégia é extremamente útil para desenvolver mimetismos rigorosos com os seus polinizadores. Ao mesmo tempo, e com a ajuda inestimável das folhas, conseguem criar inflorescências compactas verticiladas em que as folhas funcionam como pilares semelhantes a copos (como podemos apreciar nestas inflorescências da Siderite-branca, Sideritis hirsuta L.). Esta explosão imaginativa teve lugar há pouco menos de 100 milhões de anos, num período húmido e quente em que a polinização entomófila adquire uma relevância notória. A desfragmentação da Pangeia é acompanhada de uma atividade vulcânica extraordinária, criando um fenómeno de estufa pelo aumento exponencial de CO2 na atmosfera. Sob condições como estas acontecem mudanças dramáticas na vegetação, especialmente com um declínio marcado de gimnospérmicas. O desaparecimento dos dinossauros e o gradual aumento de mamíferos potencia também a presença de herbívoros, que procuram plantas com folhas macias para a sua sobrevivência. A complexa fórmula do sucesso angiospérmico está a despontar. É aqui que a imaginação e a criatividade começam a adquirir proporções nunca antes vistas (com algum paralelismo no, ainda muito enigmático, período Carbónico). A imaginação não tem limites e a evolução não tem percursos.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

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