Silene acutifolia Link ex Rohrb.

Espécie

Silene acutifolia

Descritor

Link ex Rohrb.

Género
Família
Sub-classe

Caryophyllidae

Classe

Magnoliopsida

Sub-divisão

Magnoliophytina (Angiospermae)

Divisão

Spermatophyta

Tipo Fisionómico

Hemicriptófito

Distribuição Geral

Península Ibérica

Nome(s) comum

Habitat/Ecologia
Sinonimias

No JBUTAD

Não

Distribuição em Portugal

 

Noroeste ocidental
Noroeste montanhoso
Nordeste ultrabásico
Nordeste leonês
Terra quente
Terra fria
Centro-norte
Centro-oeste calcário
Centro-oeste arenoso
Centro-oeste olissiponense
Centro-oeste cintrano
Centro-leste motanhoso
Centro-leste de campina
Centro-sul miocénico
Centro-sul arrabidense
Centro-sul plistocénico
Sudeste setentrional
Sudeste meridional
Sudoeste setentrional
Sudoeste meridional
Sudoeste montanhoso
Barrocal algarvio
Barlavento
Sotavento
Berlengas

História e Evolução

Onde instalamos as coisas? Esta questão sempre nos envolveu. Onde construímos escolas, hospitais, autoestradas, aeroportos, linhas férreas, universidades, etc. etc.? A planificação é sempre determinante, pois dela depende a gestão sustentável dos recursos. Então, onde devemos instalar um jardim botânico?

A pergunta é pertinente mas, curiosamente, levanta uma dúvida muito interessante. Um jardim botânico instala-se em qualquer lado, porque em qualquer lado já temos um jardim botânico. A resposta é uma heregia? Sim, mas a própria vida é uma heregia pois não responde a nada concreto. Podemos passear pelas nossas ruas ou pelos campos, continua e constantemente encontraremos e passaremos através de jardins botânicos. Desde aqueles canteiros monótonos e tristes que decoram as ruas e avenidas, até os tapetes vegetais que recobrem os ecossistemas do nosso planeta. Os jardins botânicos formam parte do nosso dia-a-dia e nunca reparamos nelas, pois calados e expectantes olham sempre para nós e vivem connosco.

Aqueles que gerimos jardins botânicos somos conscientes que estas instituições têm os dias contados, e que já nasceram com esses dias contados. Enquanto não chegue o fim dos jardins botânicos estes não passarão de um enorme fracasso. Resulta ridículo, não é? Mas devemos fazer esse esforço diário de olhar para nós próprios todos os dias, e a planta que hoje trazemos aqui acaba por ser um exemplo formidável desta situação.

Hoje apresentamos uma espécie nova a nível mundial. Ainda não tem nome, e responde a um nome que já não a representa: Silene acutifolia Link ex Rohrb. A encontrámos casualmente no Jardim Botânico da UTAD e nas vizinhanças deste museu vegetal. Uma descoberta promissória! -pensámos todos-. Mas não. Esse sentido de oportunidade não teria passado de uma perspetiva meramente egoísta e artificial. A planta não estava lá para enaltecer o Jardim Botânico da UTAD, e como ela nenhuma das muitas outras que espontaneamente formam a cobertura vegetal natural deste jardim. Era preciso que o Jardim Botânico existisse para dar a conhecer esta espécie? Obviamente não, mas também não é preciso criar qualquer outro espaço para mostrar ou preservar a riqueza biológica do mundo. Pode ser prático e útil, mas sempre será um vergonhoso sinal do nosso fracasso. Daquilo que não só não fomos capazes de aceitar, como também mal conhecemos ou ignoramos.


Por: António Crespí

Inventário Florestal UTAD

Faça download desta ficha em PDF

Ficha técnica da espécie
Silene acutifolia

Partilhe esta página

Poderá estar também interessado em

Silene bacciferaSilene baccifera
(mesmo género)

Silene bellidifoliaSilene bellidifolia
(mesmo género)

Silene ciliataSilene ciliata
(mesmo género)

Silene cintranaSilene cintrana
(mesmo género)

Silene colorataSilene colorata
(mesmo género)

Silene conicaSilene conica
(mesmo género)

Silene creticaSilene cretica
(mesmo género)

Utilização das Imagens

Todas as fotografias do Jardim Botânico UTAD são publicadas sob uma licença CC BY-NC 4.0. Pode utiliza-las livremente, para fins não-comerciais, desde que credite o Jardim Botânico e o autor específico da fotografia caso exista. Para uso comercial ou utilização de alguma fotografia sem marca d'água queira entrar em contacto. Pode ver aqui todas as imagens da espécie Silene acutifolia.